António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), destacou “profundo alarde” sobre a escalada de tensões entre Irã e Israel, em meio a uma troca de disparos desde sexta-feira (13).
“Permaneço apreensivo pela escalada militar em curso no Oriente Médio”, comentou Guterres nesta quarta-feira (18), em comunicado emitido pela sua assessoria.
Guterres manifestou apelos por “desescalada imediata rumo a um cessar-fogo” e “para que se evite maior internacionalização do conflito”.
“Quaisquer intervenções militares podem levar a consequências imensas, não somente àqueles envolvidos, mas a toda a região e mesmo à paz e segurança como um todo, no mundo”, acrescentou.
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Guteress condenou o que caracterizou como “perda trágica e desnecessária de vidas e ferimentos a civis”, bem como infraestrutura civil, e insistiu que “a diplomacia segue o melhor e único caminho para tratar das apreensões sobre segurança regional e sobre o programa nuclear iraniano”.
“A Carta da ONU continua como nosso parâmetro compartilhado para salvar os povos do flagelo da guerra”, alegou o oficial. “Todos os Estados-membros devem cumprir em absoluto com esta Carta e a lei humanitária internacional”.
Questionado se Guterres receia ataques dos Estados Unidos a uma instalação atômica do Irã, o porta-voz Stephane Dujarric corroborou apelos contra intervenções.
Tensões regionais escalaram desde sexta-feira (13), após Israel lançar ataques aéreos não-provocados contra áreas civis, militares e nucleares de Teerã e outras localidades no Estado persa. O Irã respondeu ao romper os sistemas de defesa israelenses.
Estima-se 585 mortos e 1.326 feridos no lado iraniano até então. O exército israelense, por sua vez, confirmou 24 mortos e centenas de feridos, embora as informações sejam opacas.