O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ameaçou neste sábado (14) “queimar Teerã” caso o país insista em lançar mísseis ao território israelense, reportou a rede Anadolu.
As ações de Teerã são retaliação a bombardeios de Tel Aviv a localidades civis, militares e nucleares nas primeiras horas de sexta-feira (13).
Os comentários de Katz se deram durante reunião de segurança de alto escalão, com a participação do chefe do Estado-maior do exército israelense, Eyal Zamir, do diretor do serviço de espionagem Mossad, David Barnea, e outros oficiais.
“O ditador do Irã [sic] está tornando seus cidadãos reféns [sic], ao criar uma realidade na qual eles, especialmente os moradores de Teerã, pagarão um duro preço por seus ataques criminosos [sic] contra civis israelenses”, alegou Katz.
“Caso Ali Khamenei [Supremo Líder iraniano e aiatolá] continue a disparar seus mísseis ao front doméstico israelense, queimaremos Teerã”, reiterou.
LEIA: Ataque de Israel é ‘consequência da inação’, alerta enviado do Irã às Nações Unidas
Katz, no entanto, foi acusado de utilizar sua população como “escudos humanos”, ao se esconder entre bairros residenciais durante as baterias de retaliação iraniana, com ao menos três mortos na região de Tel Aviv, segundo o Wall Street Journal.
Estima-se ainda 172 feridos pelos disparos do Irã, que romperam o multibilionário sistema antimísseis de Israel, incluindo o Domo de Ferro.
Mais cedo, Zamir e o chefe da Força Aérea, Tomer Bar, alertaram que o “caminho do Irã está pavimentado”, ao anunciar novos ataques aéreos à capital persa.
A escalada não tem precedentes, à medida que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é acusado de arrastar o país a uma guerra regional para desviar atenção do genocídio em Gaza, em âmbito internacional, e conter pressão doméstica.
O Irã batizou sua retaliação de Operação Verdadeira Promessa N° 3, em alusão a seus dois ataques prévios — sem precedentes — a Israel, também em resposta a agressão e assassinatos sumários do lado israelense.
Em Teerã, interceptações aéreas contiveram uma tréplica israelense, informou a rádio militar Kan, do Estado sionista.
A escalada coincide com o genocídio israelense em Gaza, há mais de 600 dias, com 55 mil mortos e dois milhões de desabrigados. As ações de Tel Aviv são crime de guerra e lesa-humanidade.
LEIA: Israel teve ‘luz verde’ dos EUA para executar ataque ao Irã