Informações de última hora do perfil Freedom Flotilla Brasil, atribuídas à advogada de Adalla, assistência jurídica responsável pelos presos políticos, informou que o brasileiro Thiago Ávila, sequestrado enquanto navegava na embarcação em águas internacionais rumo à Gaza, junto com outros 11 voluntários da Flotilla da Liberdade, dão conta de que ele foi separado dos demais e mantido isolado.
Conforme o registro, Israel ameaçou Thiago a prendê-lo por 7 dias em uma cela escura, pequena, sem ar e sem contato. Uma nova violação do regime sionista, que mantém 8 dos 12 voluntários da Flotilha da Liberdade como reféns. Thiago está em seu terceiro dia de greve de fome e água, denunciando a impunidade de Israel.
O site da coalizão internacional informou em sua atualização de ontem que Thiago Ávila, estava em greve de fome e por água desde as 4h da manhã de segunda-feira. Os oito que permanecem ilegalmente presos por Israel relataram más condições de detenção, incluindo percevejos e água da torneira imprópria para consumo.
Os outros quatro já haviam sido deportados. Israel está tratando todos os 12 como se tivessem “entrado ilegalmente” no estado de colonização ilegal, apesar de tê-los sequestrado em águas internacionais e transferido à força para território israelense. Cada um deles também recebeu uma proibição de entrada de 100 anos.
A equipe jurídica da Adalah argumentou que a apreensão da Flotilha da Liberdade de Madleen por Israel, a detenção de voluntários pacíficos e a obstrução da ajuda humanitária a Gaza violam o direito internacional. Eles enfatizaram que o bloqueio a Gaza é um ato ilegal de punição coletiva e viola medidas provisórias emitidas pela Corte Internacional de Justiça no caso de genocídio África do Sul vs. Israel.
A equipe jurídica explicou ainda que Israel não tem jurisdição, visto que os voluntários foram capturados em águas internacionais. Eles pediram a libertação imediata de todos os detidos, seu retorno ao Madleen e a entrega de ajuda a Gaza.
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Os ativistas foram ouvido por um tribunal israelense e relataram que foram sequestrados e levados à força para Israel. Reiteraram que sua missão era entregar ajuda humanitária e desafiar o bloqueio ilegal. Questionados sobre o bloqueio, responderam que ele não tem base legal no direito internacional.
O Estado solicitou que os ativistas permanecessem presos até a deportação. Segundo a lei israelense, aqueles com ordens de deportação podem ser detidos por 72 horas antes da remoção forçada, a menos que concordem em sair antes. A Adalah exige sua libertação imediata e incondicional. A decisão do tribunal era esperada para o final do dia de ontem.
A apreensão, detenção e tentativa de deportação da nossa equipe constituem violações claras do Direito Internacional e da lei israelense. Eles deveriam ser libertados imediata e incondicionalmente. A Coalizão reafirma a determinação de não nos calar.
“O bloqueio é ilegal. Nossa missão permanece: romper o cerco e entregar ajuda a Gaza.˜, afirma em sua nota pública.
Movimentos sociais e estudantis solidários à Missão do Madllen estão cobrando uma posição imediata do presidente Lula, a libertação e volta de Thiago ao Brasil e o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com Israel.
O Fórum Latino Palestino enviou carta diretamente ao presidente Lula, alem do Itamaraty, reconhecendo suas falas públicas contra Israel pelos crimes de genocídio, mas pedindo ações efetivas pela libertacao de Thiago e seus companheiros de missão e pela garantia dos direitos do povo palestino contra a ocupação e o genocídio.
Estudantes da USP e da PUC têm chamado atos nas universidades.
A Frente Palestina SP está convocando ato massivo em solidariedade a Palestina e aos prisioneiros do Madleen para domingo, a partir da Praça Roosevelt, na capital paulista, e cobrando atitudes do Brasil.
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