A agência de radiodifusão israelense informou que as autoridades de segurança do país decidiram não permitir que o navio Madleen, da Flotilha da Liberdade, se aproxime ou atraque na costa da Faixa de Gaza. A decisão está em linha com o bloqueio naval imposto ao território há quase duas décadas.
Em declarações à Al Jazeera, o médico francês Baptiste André, um dos ativistas a bordo, disse que a decisão israelense “não foi surpreendente”, acrescentando: “Esperávamos por isso há algum tempo, mas isso não nos impedirá de continuar nossa jornada até Gaza para romper o bloqueio injusto”.
André enfatizou que o navio não representa nenhuma ameaça à segurança de Israel. “A mensagem da flotilha é puramente humanitária e destaca que o bloqueio imposto a mais de dois milhões de palestinos em Gaza não pode continuar.”
Ele acrescentou que os organizadores recebem diariamente mensagens de apoio de todo o mundo e que contam com o apoio internacional para sustentar esta iniciativa de solidariedade.
André também alertou que Israel pode recorrer a “métodos violentos” para parar o navio e deter as pessoas a bordo. “Estamos prontos para todos os cenários”, disse ele, “mas estamos determinados a levar a voz de Gaza ao mundo.”
O Madeleine, um navio da Coalizão Internacional da Flotilha da Liberdade, partiu no domingo do porto de Catânia, na ilha italiana da Sicília. Ele transporta ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza, com o objetivo de desafiar e romper o bloqueio imposto ao enclave.