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Grupos franceses pedem à Justiça que proíba empresas israelenses de participar do Salão Aéreo de Paris

5 de junho de 2025, às 10h44

Um cartaz com os dizeres GIFAS, le profit sans avenir (, GIFAS, o ​​lucro sem o futuro) em um protesto em apoio à Palestina, próximo à sede do GIFAS Groupement des Industries Français Aeronautiques et Spatiales, organizador do Salão Aéreo de Bourget, e contra a participação de Israel no Salão Aéreo de Bourget, em Paris, França, em 3 de junho de 2025. [Bastien Ohier / Hans Lucas via AFP/ Getty Images]

Várias organizações da sociedade civil pediram que empresas israelenses sejam impedidas de participar do próximo Salão Aéreo de Paris, programado para 16 a 22 de junho, citando o envolvimento de Israel em “crimes internacionais generalizados” em Gaza.

O recurso foi interposto durante uma audiência sumária no tribunal de Bobigny, na região de Paris, onde advogados representando grupos como Attac-France, Stop Fueling War, Survie, a ONG palestina de direitos humanos Al-Haq e a Union Juive Française pour la Paix (UJFP) solicitaram “todas as medidas necessárias para impedir a promoção ou a presença de empresas, delegações ou intermediários que possam estar contribuindo para os crimes em andamento cometidos por Israel”.

“Isso envolve os crimes mais graves listados em nosso código penal”, disse o advogado Dominique Cochain durante a audiência.

“Eles estão sendo possibilitados pela participação de diversas entidades e eventos como esta exposição”, acrescentou.

Outro advogado, Matthieu Bonalia, expressou forte preocupação com a inclusão de um pavilhão do Ministério da Defesa de Israel no show aéreo, o que, segundo ele, permite que empresas israelenses exibam o desempenho de equipamentos militares que foram “testados em Gaza”.

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