Várias organizações da sociedade civil pediram que empresas israelenses sejam impedidas de participar do próximo Salão Aéreo de Paris, programado para 16 a 22 de junho, citando o envolvimento de Israel em “crimes internacionais generalizados” em Gaza.
O recurso foi interposto durante uma audiência sumária no tribunal de Bobigny, na região de Paris, onde advogados representando grupos como Attac-France, Stop Fueling War, Survie, a ONG palestina de direitos humanos Al-Haq e a Union Juive Française pour la Paix (UJFP) solicitaram “todas as medidas necessárias para impedir a promoção ou a presença de empresas, delegações ou intermediários que possam estar contribuindo para os crimes em andamento cometidos por Israel”.
“Isso envolve os crimes mais graves listados em nosso código penal”, disse o advogado Dominique Cochain durante a audiência.
“Eles estão sendo possibilitados pela participação de diversas entidades e eventos como esta exposição”, acrescentou.
Outro advogado, Matthieu Bonalia, expressou forte preocupação com a inclusão de um pavilhão do Ministério da Defesa de Israel no show aéreo, o que, segundo ele, permite que empresas israelenses exibam o desempenho de equipamentos militares que foram “testados em Gaza”.
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