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Situação em Gaza permanece “extremamente volátil e imprevisível”, diz ONU

19 de maio de 2025, às 07h10

Palestinos fogem com seus pertences para áreas que consideram seguras após os intensos ataques do exército israelense na Faixa de Gaza em 16 de maio de 2025. [Saeed M. M. T. Jaras/ Agência Anadolu]

Um porta-voz da ONU expressou na sexta-feira preocupação com a situação “extremamente volátil” na Faixa de Gaza, enquanto as operações de Israel continuam, relata a Anadolu.

A intensificação das operações das forças israelenses ocorre após várias ordens de deslocamento terem sido emitidas para áreas no norte de Gaza, Deir al Balah e províncias de Khan Younis nos últimos três dias.

“A situação continua extremamente volátil e imprevisível”, disse Stephanie Tremblay em uma coletiva de imprensa.

No norte de Gaza, Tremblay afirmou que cerca de 17.000 pessoas foram deslocadas de Jabalya e Beit Lahiya desde a tarde de quinta-feira.

Pelo menos 250 pessoas teriam sido mortas nas últimas 36 horas, disse ela, citando o Ministério da Saúde de Gaza.

“As hostilidades em curso também estão colocando os hospitais no norte de Gaza — e os pacientes e funcionários — em risco”, disse Tremblay.

A ONU e seus parceiros continuam a mobilizar assistência, apesar dos “enormes” desafios, disse ela, acrescentando que 18 cozinhas que haviam sido fechadas conseguiram reabrir.

“A comunidade humanitária continua a pedir o levantamento do bloqueio total a Gaza para permitir a entrada de suprimentos desesperadamente necessários, bem como a proteção de civis e o restabelecimento imediato do cessar-fogo”, acrescentou.

“Matanças sem sentido” na Cisjordânia ocupada

Desde 2 de março, Israel mantém as travessias de Gaza fechadas para alimentos, assistência médica e ajuda humanitária, aprofundando uma crise humanitária já agravada no enclave.

Voltando-se para a Cisjordânia ocupada, Tremblay disse que o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) relata que o “vandalismo” de colonos continua na Cisjordânia, danificando infraestruturas “críticas” e interrompendo os meios de subsistência das comunidades afetadas.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU no território palestino ocupado pediu o fim das “matanças sem sentido” na Cisjordânia ocupada, disse ela.

“Israel deve pôr fim a todas as execuções extrajudiciais e outros usos ilegais da força na Cisjordânia ocupada”, acrescentou.