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Israel afirma coordenar distribuição de ajuda humanitária em Gaza com empresa americana

19 de maio de 2025, às 07h19

Palestinos, lutando contra a fome devido ao embargo israelense, aguardam na fila para receber refeições quentes distribuídas por organizações de caridade enquanto os ataques israelenses continuam, no Campo de Refugiados de Jabalia, na Cidade de Gaza, Gaza, em 17 de maio de 2025. [Mahmoud İssa/Agência Anadolu]

Israel está em coordenação com uma empresa americana para distribuir ajuda humanitária na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, disse o Ministro da Defesa, Israel Katz, no domingo, segundo a Anadolu.

O ministro disse que a distribuição de ajuda pode começar em 24 de maio, sem fornecer mais detalhes.

Desde 2 de março, Israel mantém as passagens de Gaza fechadas para alimentos, assistência médica e ajuda humanitária, aprofundando uma crise humanitária já grave no enclave, de acordo com relatórios governamentais, de direitos humanos e internacionais.

No início deste mês, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou um plano de entrega de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, por meio de empresas de segurança privadas dos EUA, com base na entrega de caixas de ajuda a indivíduos.

O plano israelense, no entanto, foi rejeitado pela ONU e por dezenas de grupos internacionais de ajuda humanitária, alegando que ele viola os princípios humanitários, é logisticamente inviável e pode colocar civis e funcionários palestinos em perigo.

O grupo de resistência palestino Hamas também condenou o plano israelense como “chantagem política” e “uma violação do direito internacional”.

Quase 2,4 milhões de pessoas em Gaza vivem completamente dependentes de ajuda humanitária, segundo dados do Banco Mundial.

O exército israelense continua sua ofensiva brutal na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, matando mais de 53.300 palestinos, a maioria mulheres e crianças.

Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra no enclave.