clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Estudo constata que 1 em cada 8 soldados israelenses em Gaza não consegue retornar ao serviço devido a distúrbios psicológicos

9 de maio de 2025, às 10h39

Soldados do exército israelense patrulham uma posição ao longo da fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 13 de junho de 2024 [Jack Guez/AFP via Getty Images]

A Universidade de Tel Aviv revelou que um em cada oito soldados israelenses que participaram de operações militares em Gaza sofre de distúrbios psicológicos que os tornam inaptos para retornar ao serviço, de acordo com um estudo publicado pelo jornal Haaretz.

O estudo indicou que cerca de 12% dos soldados reservistas que serviram em Gaza relataram sintomas graves de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), o que afeta significativamente sua capacidade de continuar desempenhando funções militares.

Pesquisadores envolvidos no estudo enfatizaram que a alta taxa de TEPT entre os soldados representa um sério desafio para o establishment militar israelense, especialmente em meio ao conflito em curso e ao aumento das tensões na região.

Israel enfrenta uma escassez de soldados dispostos a participar da guerra em Gaza.

Em junho do ano passado, o jornal israelense Haaretz noticiou que dezenas de soldados da reserva anunciaram que não retornariam ao serviço militar em Gaza, mesmo que fossem punidos.

LEIA: ‘Me senti mais segura com o Hamas do que em Israel’, diz ex-refém

Isso ocorreu em um momento em que a mídia israelense noticiou que centenas de soldados da reserva haviam viajado para o exterior sem informar seus comandantes devido à guerra em curso em Gaza, onde as forças de ocupação sofreram pesadas perdas.

Também há grande ansiedade entre os soldados da reserva devido ao medo das repercussões que a continuação dos combates teria em suas vidas pessoais, familiares e profissionais, acrescentou. Enquanto outros se viram diante de ações judiciais após viajarem para o exterior, onde advogados de direitos humanos buscaram responsabilizar aqueles que cometeram atrocidades em Gaza por seus crimes.