clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Sete manifestantes foram presos na Índia por distribuir cartazes pró-Gaza

23 de abril de 2025, às 13h21

Membros da Organização Islâmica de Estudantes da Índia (SIO) organizam uma manifestação em apoio à Palestina e condenam Israel pelo ataque à Faixa de Gaza em Calcutá, Índia, na sexta-feira, 28 de março de 2025 [Samir Jana/Hindustan Times via Getty Images]

Sete muçulmanos foram presos pela polícia indiana na cidade de Narauli, localizada no distrito de Sambhal, no norte da Índia, por distribuir cartazes com mensagens como “Gaza Livre, Palestina Livre”, segundo relatos da mídia indiana.

Os cartazes incluíam imagens de vários produtos cujo boicote o grupo pediu em solidariedade a Gaza, em meio à ofensiva militar israelense em andamento, descrita por muitos como genocida.

Um dos cartazes dizia: “A Ummah Islâmica tornou obrigatório para todo muçulmano boicotar todos os produtos associados a Israel”. Outro afirmava: “Tudo em Gaza foi destruído, e se não chorarmos pelo sofrimento de nossos irmãos e irmãs na Palestina, saibam que perdemos nossa humanidade. Então, por favor, não comprem esses produtos”.

Os cartazes também declaravam: “Se você comprar comida ou bebida israelense, é proibido, assim como comer carne de porco ou beber álcool”, instando os muçulmanos, especialmente os lojistas, a não comprarem tais produtos.

A Índia tem se posicionado firmemente contra demonstrações de solidariedade a Gaza, em grande parte devido às suas relações estreitas com Israel. Nos últimos meses, as autoridades proibiram e reprimiram diversos eventos pró-Palestina.

Durante uma manifestação, a polícia indiana apreendeu todas as bandeiras palestinas, rasgando algumas, e usou sua presença para deter os participantes. As autoridades também proibiram a exibição pública da bandeira palestina.

LEIA: Repressão à causa palestina é responsável por 10% das restrições globais à liberdade de expressão, revela relatório