O governo russo se recusa a extraditar o ex-ditador sírio Bashar al-Assad para a Síria, apesar das negociações em andamento entre Moscou e as novas autoridades em Damasco para um reatar das relações.
Após a rápida tomada da Síria por ex-combatentes rebeldes e a subsequente queda do regime sírio em 8 de dezembro, o ex-presidente Bashar al-Assad fugiu do país para a Rússia – sua aliada de longa data durante os 13 anos de guerra civil – onde recebeu asilo junto com sua família.
Desde então, o novo governo interino sírio e seu presidente Ahmed al-Sharaa têm apelado à Rússia para que entregue Assad a fim de que seja julgado por seus crimes contra o povo sírio.
O pedido fazia parte das negociações em andamento entre Moscou e Damasco para recalibrar suas relações bilaterais em meio à mudança na liderança da Síria, particularmente com o objetivo de resolver questões como a presença de equipamentos militares russos e contratos de defesa no país.
Após meses de tais pedidos, que culminaram em um pedido oficial do próprio presidente al-Sharaa no mês passado, a Rússia agora insiste em sua recusa em extraditar Assad.
De acordo com a Agência de Notícias da República Islâmica do Irã (IRNA), o embaixador da Rússia no Iraque, Alperus Kotrashev, afirmou que “uma das condições para a residência de Bashar al-Assad em Moscou é sua completa abstenção de qualquer atividade midiática e política, e até o momento, nenhuma violação foi observada de sua parte”.
A autoridade russa enfatizou que “o asilo de Bashar al-Assad e sua família foi concedido com base em ordens diretas do presidente russo, Vladimir Putin, e a decisão a esse respeito não será alterada”.
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