A proibição israelense de mídia internacional na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, alimenta a desinformação e a disseminação da desumanização, afirmou hoje o chefe da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA).
“Desde o início da guerra, há um ano e meio, as autoridades israelenses proibiram a entrada de veículos de mídia internacional em Gaza para reportagens independentes”, afirmou o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, em um comunicado.
“Isso está alimentando propaganda, desinformação e a disseminação da desumanização.”
Além da proibição, relatos confiáveis e depoimentos de testemunhas oculares de organizações humanitárias sobre a situação em Gaza estão sendo desacreditados e questionados, lamentou Lazzarini.
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“O livre fluxo de informações e a reportagem independente são fundamentais para a apuração dos fatos e a responsabilização durante os conflitos. Gaza não deve ser exceção”, afirmou o chefe da UNRWA.
De acordo com autoridades palestinas locais, pelo menos 210 jornalistas foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.
O exército de ocupação israelense renovou seu ataque a Gaza em 18 de março, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em 19 de janeiro.
Mais de 51.000 palestinos foram mortos em Gaza em um brutal ataque israelense desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.
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