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Proibição de mídia estrangeira em Gaza alimenta desinformação e desumanização, afirma UNRWA

18 de abril de 2025, às 14h01

Philippe Lazzarini, Comissário-Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), concede entrevista coletiva em Berlim, Alemanha, em 16 de outubro de 2024 [Halil Sağırkaya/ Agência Anadolu]

A proibição israelense de mídia internacional na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, alimenta a desinformação e a disseminação da desumanização, afirmou hoje o chefe da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA).

“Desde o início da guerra, há um ano e meio, as autoridades israelenses proibiram a entrada de veículos de mídia internacional em Gaza para reportagens independentes”, afirmou o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, em um comunicado.

“Isso está alimentando propaganda, desinformação e a disseminação da desumanização.”

Além da proibição, relatos confiáveis ​​e depoimentos de testemunhas oculares de organizações humanitárias sobre a situação em Gaza estão sendo desacreditados e questionados, lamentou Lazzarini.

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“O livre fluxo de informações e a reportagem independente são fundamentais para a apuração dos fatos e a responsabilização durante os conflitos. Gaza não deve ser exceção”, afirmou o chefe da UNRWA.

De acordo com autoridades palestinas locais, pelo menos 210 jornalistas foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.

O exército de ocupação israelense renovou seu ataque a Gaza em 18 de março, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em 19 de janeiro.

Mais de 51.000 palestinos foram mortos em Gaza em um brutal ataque israelense desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.

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