A Arábia Saudita condenou o bombardeio israelense na Síria e o que descreveu como tentativas de minar a segurança e a estabilidade do país, bem como a da região mais ampla, por meio de “violações que contrariam acordos e leis internacionais”, de acordo com uma declaração oficial saudita divulgada na terça-feira.
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita expressou sua “condenação e denúncia do bombardeio das forças de ocupação israelenses nos territórios da fraterna República Árabe Síria”, chamando-o de “violação flagrante do direito internacional”.
A declaração também denunciou “tentativas israelenses de desestabilizar a Síria e a região por meio dessas violações repetidas, que contradizem acordos e leis internacionais relevantes”.
O ministério enfatizou “a necessidade de a comunidade internacional tomar uma posição firme contra essas agressões”. Ele destacou “a importância dos estados-membros do Conselho de Segurança assumirem suas responsabilidades, tomando medidas sérias e decisivas para interromper os ataques em andamento de Israel na Síria e evitar que o conflito se intensifique ainda mais”.
A Arábia Saudita também pediu “a ativação de mecanismos internacionais de responsabilização por essas violações”, ao mesmo tempo em que reafirmou sua solidariedade com o governo e o povo sírios.
Na segunda-feira, aviões de guerra israelenses lançaram ataques aéreos em vários locais na província de Daraa, no sul da Síria, matando três civis e ferindo outros 19, incluindo uma mulher e quatro crianças, de acordo com a Defesa Civil Síria.
Desde 1967, Israel ocupou a maior parte das Colinas de Golã sírias e tirou vantagem da situação na Síria após a queda do regime de Assad, tomando a zona-tampão síria e declarando o colapso do acordo de desligamento de 1974 com a Síria.
Israel também realizou centenas de ataques aéreos na Síria, visando locais militares, veículos e munições pertencentes ao exército sírio.
Em 8 de dezembro de 2024, facções sírias tomaram o controle de Damasco após ganhos em outras cidades, pondo fim a 61 anos de governo do Partido Ba’ath e 53 anos de domínio da família Assad no poder.