Ao menos 9.500 palestinos permanecem encarcerados hoje nas cadeias da Israel, estimou um comunicado conjunto da Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e da Sociedade dos Prisioneiros Palestinos — organizações de direitos humanos.
“Ao menos 21 mulheres e 350 crianças estão entre os prisioneiros”, destacou a nota.
Segundo os dados disponíveis, ao menos 3.405 palestinos continuam aprisionados sem julgamento ou sequer acusação, sob a política colonial de “detenção administrativa” — reféns, por definição.
As organizações calcularam ainda 1.555 prisioneiros de Gaza nas cadeias de Israel.
O número quase dobra a população carcerária palestina antes de Israel deflagrar seu genocídio em Gaza, em outubro de 2023, quando havia 5.240 palestinos nas cadeias ocupantes, em condições já precárias que se agravaram desde então.
Mais de 48 mil palestinos foram mortos pelos ataques israelenses a Gaza, além de dois milhões de desabrigados e dezenas de milhares de desaparecidos, entre mortos sob os escombros e desaparecidos na rede carcerária da ocupação — sob tortura, maus tratos e mesmo violência sexual.
O genocídio em Gaza se acompanhou por pogroms conduzidos por colonos e soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, bem como campanhas de prisão em massa contra a população palestina nativa.
Gaza permanece em ruínas e sob carência crítica de insumos humanitários, apesar do frágil cessar-fogo implementado em 19 de janeiro.