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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

ONU alerta para ‘deterioração’ das condições na Cisjordânia ocupada

Tratores israelenses destroem infraestrutura civil no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 24 de janeiro de 2025 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu nesta sexta-feira (24) para a “deterioração” das condições na Cisjordânia ocupada, ao apelar a Israel para que proteja os palestinos, reportou a agência de notícias Anadolu.

Durante coletiva de imprensa, o vice-porta-voz Farhan Haq confirmou que a operação israelense em curso em Jenin e seu campo de refugiados, desde terça-feira (21), estendeu-se a aldeias próximas.

De acordo com o informe, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) “alerta mais uma vez que táticas de guerra letais estão sendo aplicadas, incitando receios sobre uso de força excessiva”.

Estima-se que três mil famílias foram deslocadas à força do campo de refugiados de Jenin nos últimos dois meses, incluindo centenas na última semana, observou Haq.

LEIA: Ataques de Israel a Jenin deslocam duas mil famílias palestinas

“Israel, como potência ocupante, tem obrigação legal de proteger os palestinos e manter a ordem pública e segurança na Cisjordânia, conforme a lei de direitos humanos e humanitária internacional”, acrescentou o oficial.

Segundo o OCHA, para além das ações militares, ao menos 17 palestinos foram feridos por ataques conduzidos por colonos ilegais israelenses na última semana.

Tensões permanecem altas nos territórios ocupados após 15 meses de genocídio israelense em Gaza, com 48 mil mortos, 110 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Na Cisjordânia, são 870 mortos, 6.700 feridos e 11 presos arbitrariamente.

Em 19 de janeiro — dois dias antes de Israel deflagrar sua agressão a Jenin —, um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros entrou em vigor em Gaza.

Em janeiro de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, indiciou Israel por genocídio em Gaza, sob denúncia sul-africana registrada em dezembro.

Em julho, a corte admitiu a ilegalidade da ocupação israelense, ao instruir evacuação imediata de colonos e soldados e reparação aos nativos. A medida evoluiu, em setembro, por maioria absoluto dos votos, a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com prazo de um ano para ser implementada.

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