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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Ocupação comete limpeza étnica em Jenin’, alerta Mustafa Barghouti

Mustafa Barghouti, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina (INP), durante coletiva de imprensa em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 15 de outubro de 2023 [Jaafar Ashtiyeh/AFP via Getty Images]

Mustafa Barghouti, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina (INP), reiterou denúncias de que Israel comete crime de limpeza étnica na cidade de Jenin e seu campo de refugiados, no norte da Cisjordânia ocupada.

Nesta sexta-feira (24), comentou Barghouti: “A ocupação está cometendo uma perigosíssima operação de limpeza étnica em Jenin, ao obrigar famílias civis a deixarem suas casas a pé, após submetê-las a buscas abusivas e repressão”.

Segundo Barghouti, a operação em Jenin “é um reflexo das declarações do chefe do exército ocupante, Herzi Halevi, sobre seus objetivos e práticas repressivas similares em Gaza e na Cisjordânia, à medida que esta é submetida a uma campanha de punição coletiva que inclui mais e mais checkpoints, prisões e violações”.

Barghouti destacou a urgência de se consolidar um programa político de união nacional para confrontar os crimes de genocídio conduzidos pelo Estado da ocupação israelense contra o povo palestino.

LEIA: ONU alerta para ‘deterioração’ das condições na Cisjordânia ocupada

Israel mantém a chamada Operação Muro de Ferro em Jenin e arredores desde terça-feira (21), destruindo casas e prendendo dezenas. Ao menos 12 palestinos foram mortos e outros 40 foram feridos apenas nos primeiros dois dias de operação.

Tensões permanecem altas nos territórios ocupados após 15 meses de genocídio israelense em Gaza, com 48 mil mortos, 110 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Na Cisjordânia, são 870 mortos, 6.700 feridos e 11 presos arbitrariamente.

Em 19 de janeiro — dois dias antes de Israel deflagrar sua agressão a Jenin —, um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros entrou em vigor em Gaza.

Em janeiro de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, indiciou Israel por genocídio em Gaza, sob denúncia sul-africana registrada em dezembro.

Em julho, a corte admitiu a ilegalidade da ocupação israelense, ao instruir evacuação imediata de colonos e soldados e reparação aos nativos. A medida evoluiu, em setembro, por maioria absoluto dos votos, a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com prazo de um ano para ser implementada.

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