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“Há evidências de que Israel está impedindo a entrada de ajuda em Gaza”, aponta Borrell

O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, toca o sino durante uma reunião do Conselho de Relações Exteriores (FAC) na sede da EU em Bruxelas, em 22 de janeiro de 2024 [John Thys/AFP via Getty Images]

O alto representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell, confirmou que há evidências de que Israel impede a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

Isso foi incluído em seus comentários ao canal americano PBS, na sexta-feira (15), em resposta a uma pergunta sobre suas declarações no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nas quais ele afirmou: “Israel está usando a fome como arma de guerra”.

Borrell ressaltou: “É uma miséria em Gaza. Centenas de milhares de pessoas estão literalmente morrendo de fome, entre elas muitas crianças que estão morrendo por causa dessa nutrição.”

“Se está havendo fome, por que está havendo fome? Por que não há apoio humanitário suficiente entrando para apoiar essas pessoas? E por que isso acontece? Porque Israel está controlando a fronteira e não permite a entrada de ajuda humanitária. Portanto, são as consequências lógicas, não? Se você impede a entrada de ajuda humanitária e as pessoas estão passando fome, não é uma causa e efeito lógico?”, continuou ele.

LEIA: A ajuda humanitária é uma ferramenta genocida nas mãos de Israel e dos EUA

Borrell enfatizou que o fluxo insuficiente de ajuda a Gaza não se deve à falta de recursos da ONU, como alega Israel, mas sim às restrições impostas por esse país nas passagens de fronteira: “Há muitas evidências de que os controles na fronteira impedem a entrada de apoio”, acrescentando: “Não acho que Israel possa dizer que está fazendo tudo para apoiar a entrada em Gaza”.

Borrell observou que percebeu “uma mudança no humor da opinião pública nos EUA com relação ao que está acontecendo em Gaza. Mais e mais pessoas estão se sentindo preocupadas com o que eu certamente posso chamar de massacre”.

Borrell também afirmou que a União Europeia tem prioridades e que: “Uma das prioridades seria buscar uma solução de dois Estados e dar aos palestinos o direito de ter sua própria terra e seu próprio governo.”

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