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Senadores instam Biden a suspender envio de armas a Israel

Capitólio, sede do legislativo dos Estados Unidos, em Washington DC [Celal Günes/Agência Anadolu]
Capitólio, sede do legislativo dos Estados Unidos, em Washington DC [Celal Günes/Agência Anadolu]

Oito senadores enviaram uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedindo a interrupção nos envios de armamentos a Israel, ao apontar que os persistentes ataques contra a Faixa de Gaza “interferem na assistência humanitária”.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Os signatários incluem o senador independente Bernie Sanders, do estado de Vermont, e sete congressistas democratas.

A carta acusa o governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de impedir a ajuda humanitária dos Estados Unidos de alcançar devidamente seus recipientes, em violação da Lei de Corredor Humanitário.

“Nenhuma assistência deve ser facultada — sob este capítulo ou sob o Ato de Controle de Exportação de Armas — a qualquer país cujo governo, de plena ciência do presidente, proíba ou restrinja, seja direta ou indiretamente, o transporte ou a entrega de remessas dos Estados Unidos”, argumentou a carta.

“Dada a realidade, instamos ao senhor que deixe claro ao governo de Netanyahu que fracassar em ampliar imediata e drasticamente o acesso humanitário e possibilitar as entregas assistenciais em toda a Gaza levará a sérias consequências, conforme a lei”.

Os senadores descreveram a catástrofe humanitária em Gaza como “quase sem precedentes” na história moderna.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Dois terços das vítimas são mulheres e crianças.

As ações são retaliação a uma operação do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

No entanto, reportagens investigativas do jornal israelense Haaretz mostraram que parte considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de líderes militares para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Israel está matando de fome milhares de palestinos detidos em suas prisões, afirma ONG palestina

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