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Israel está matando de fome milhares de palestinos detidos em suas prisões, afirma ONG palestina

As forças israelenses detêm alguns palestinos durante seu ataque ao campo de refugiados de al-Amari em Ramallah, Cisjordânia, em 4 de março de 2024. [Issam Rimawi – Agência Anadolu]

Uma organização palestina acusou Israel de matar de fome mais de 9.100 palestinos detidos em suas prisões, informou a Agência Anadolu.

“As autoridades prisionais israelenses continuam a matar de fome mais de 9.100 detentos, incluindo mulheres, crianças e doentes”, disse a Palestinian Prisoner Society, uma ONG local, em um comunicado na segunda-feira (11).

“Israel também está restringindo a liberdade de [palestinos] praticarem seus rituais religiosos”, disse.

A tensão aumentou muito na Cisjordânia ocupada em meio a uma ofensiva israelense mortal na Faixa de Gaza após um ataque do Hamas em outubro passado.

De acordo com dados palestinos, mais de 420 pessoas foram mortas desde então, 4.600 ficaram feridas e mais de 7.530 foram detidas.

“A fome é a política mais perigosa adotada pela ocupação israelense desde 7 de outubro, além da tortura e do abuso”,

disse a Prisoner Society.

Israel impôs um bloqueio incapacitante à Faixa de Gaza desde 7 de outubro, deixando sua população, sobretudo os residentes do norte de Gaza, à beira da fome.

LEIA: Consciente e inconcebível: Israel mata Gaza de fome

De acordo com as autoridades de saúde locais, mais de 31.100 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, foram mortos na guerra israelense contra Gaza, e mais de 72.700 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

O ataque israelense empurrou 85% da população de Gaza para o deslocamento interno em meio a um bloqueio incapacitante de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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