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Colômbia suspende todas as compras de armas de Israel: Presidente

Uma equipe de artilharia israelense prepara projéteis em uma posição próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel, em 6 de novembro de 2023. [Jack Guez/AFP via Getty Images]
Uma equipe de artilharia israelense prepara projéteis em uma posição próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel, em 6 de novembro de 2023. [Jack Guez/AFP via Getty Images]

A Colômbia suspenderá “todas as compras de armas de Israel”, anunciou o presidente do país, Gustavo Petro, na quinta-feira, informa a Agência Anadolu.

“O mundo deve bloquear Netanyahu. A Colômbia suspende todas as compras de armas de Israel”, disse Petro no X.

A decisão foi tomada depois que as forças israelenses bombardearam uma multidão de palestinos que aguardavam ajuda humanitária ao sul da Cidade de Gaza, deixando pelo menos 112 mortos e 760 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave sitiado.

“Mais de 100 palestinos que estavam pedindo comida foram assassinados por Netanyahu. Isso é chamado de genocídio e nos lembra o Holocausto, mesmo que as potências mundiais não gostem de reconhecê-lo”, disse Petro.

O exército israelense disse que uma investigação inicial descobriu que os palestinos haviam se aproximado de um posto de controle militar que supervisionava a entrada dos caminhões de ajuda e que o soldado havia disparado tiros de advertência contra suas pernas enquanto eles continuavam a avançar em direção às tropas.

Israel lançou uma ofensiva militar mortal na Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço liderado pelo Hamas em 7 de outubro, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Desde então, pelo menos 30.035 palestinos foram mortos em Gaza e outros 70.457 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

Israel também impôs um bloqueio paralisante ao enclave costeiro, deixando sua população, especialmente os residentes do norte, onde ocorreram os tiroteios na quinta-feira, à beira da inanição.

A guerra israelense levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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