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Palestina denuncia Israel por deixar prisioneiros morrerem de fome

Protesto pede a soltura dos presos políticos palestinos nas cadeias da ocupação israelense, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, 20 de fevereiro de 2024 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Nesta quinta-feira (22), a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) acusou a ocupação israelense de aplicar uma “política de fome” contra os prisioneiros políticos palestinos em suas cadeias, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

Em nota, a Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros da OLP advertiu para o grave impacto da fome na saúde dos prisioneiros, ao reiterar que a política deliberada de Tel Aviv incorre em uma “perda de peso estimada entre 15 e 25 kg por pessoa”.

Segundo o comunicado, a gestão carcerária de Israel reduziu o tamanho das refeições a homens e mulheres, a níveis muito inferiores aos recomendados; houve também queda na qualidade e mesmo contaminação deliberada dos insumos, expondo os presos a diversas doenças.

“Os prisioneiros se veem diante de uma árdua situação de saúde no futuro próximo, à medida que o número de presos doentes claramente dobrou e que a fome se tornou mais um meio de punição diária que trespassou 7 de outubro”, acrescentou a nota, ao citar advogados dos presos palestinos.

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Conforme o alerta, as forças ocupantes ainda obstruem o acesso a medicamentos, cobertores e roupas, sobretudo no período de inverno, agravando a crise de saúde.

O Clube dos Prisioneiros Palestinos, ong que monitora os direitos humanos dos presos políticos, observou que Israel deteve cerca de 7.170 pessoas na Cisjordânia ocupada desde a deflagração do genocídio em Gaza, em 7 de outubro.

Segundo as organizações locais, trata-se de uma campanha de prisão sem precedentes.

Estima-se ao menos nove mil palestinos mantidos hoje nas penitenciárias da ocupação. Estima-se ainda que 3.484 destes prisioneiros estejam em custódia sob detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 29.410 mortos e 69.465 feridos, além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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