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Israel permite entrada de oito caminhões na Cidade de Gaza, então abre fogo

Palestinos correm para obter comida após oito caminhões humanitários entrarem na Cidade de Gaza, em 23 de janeiro de 2024; pouco depois, soldados israelenses abriram fogo contra os civis [Motasem Dalloul/MEMO]

O correspondente do MEMO na Cidade de Gaza, Motasem Dalloul, reportou mais um incidente de violação da lei humanitária internacional quando oito caminhões humanitários chegaram à região, na manhã de terça-feira (23). Palestinos carentes correram para buscar comida; contudo, foram recebidos com disparos desferidos pelas forças da ocupação.

“A ocupação israelense permitiu a entrada de oito caminhões de assistência humanitária, então deu cinco minutos para que as pessoas famintas coletassem os insumos”, reportou Dalloul. “Em seguida, abriu fogo. As pessoas foram forçadas a fugir”.

O norte de Gaza vive uma escassez catastrófica de insumos essenciais há quase três meses, sob uma campanha de destruição e extermínio promovida por Tel Aviv, que forçou dois milhões de pessoas a fugirem ao extremo sul do território palestino.

Palestinos que permaneceram no norte — seja por não ter para onde ir ou impossibilidade de realizar a jornada — são obrigados a caminhar longas distâncias para obter alimentos.

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Ainda ontem (22), o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) advertiu que Israel impediu o acesso de três em cada quatro missões humanitárias com destino ao norte de Gaza.

No começo de janeiro, a agência da ONU confirmou que as autoridades israelenses dobraram as restrições impostas às missões humanitárias em Gaza.

Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados, além de 60% da infraestrutura destruída. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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