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Bombas de Israel mataram 60 reféns desde outubro, reporta Hamas

Soldados israelenses diante da destruição na Cidade de Gaza, em 1° de janeiro de 2024 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

O movimento palestino Hamas reportou neste domingo (21) que 60 prisioneiros israelenses em custódia em Gaza foram mortos pelos bombardeios indiscriminados de Israel desde 7 de outubro.

Em documento intitulado “Nossa versão: Operação Tempestade de Al-Aqsa”, o movimento nacional palestino estimou as mortes causadas pela ofensiva israelense, ao reafirmar franco desdém pelas vidas dos colonos e soldados capturados.

Segundo o Hamas, ao contrário, o exército israelense demonstrou prontidão em sacrificá-los em vez de negociar um acordo de troca de prisioneiros e “arcar com o preço das décadas de brutal ocupação militar”.

O documento cita relatos israelenses em campo que apontam para “fogo amigo” já em 7 de outubro, quando uma ação surpresa do grupo de resistência resultou na captura de cerca de 240 colonos e soldados.

Israel insiste que cerca de 1.200 pessoas foram mortas pelos militantes do Hamas; contudo, registros vazados apontam que o exército empregou a Doutrina Hannibal, conforme a qual é preferível a morte de cidadãos em lugar da captura como prisioneiros de guerra.

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Em 24 de novembro, um cessar-fogo humanitário de sete dias foi estabelecido, para trocar 105 reféns detidos em Gaza por 240 presos políticos mantidos por anos nas cadeias de Israel — todos mulheres e crianças.

Israel, no entanto, recusou os termos de cessar-fogo para seguir com a libertação dos reféns, apesar da pressão contra o governo de Benjamin Netanyahu.

Em Gaza, são ao menos 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados — em maioria, mulheres e crianças. Cerca de 60% da infraestrutura civil foi destruída.

Na Cisjordânia ocupada, Israel intensificou suas incursões militares e pogroms contra aldeias e cidades, junto de uma campanha de prisões que dobrou a população carcerária palestina, superando o índice de dez mil presos.

A maioria dos prisioneiros palestinos permanece encarcerado sob detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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