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13 de janeiro, Dia de Ação Global: ativistas mobilizam apoio ao povo palestino

Ato contra a guerra de Israel em Gaza, na Av. Paulista, em S.Paulo, em 04 de novembro de 2023 [Lina Bakr/Monitor do Oriente Médio]

Organizações de todo o mundo estão mobilizando um Dia de Ação Global, neste sábado, 13 de janeiro de 2024, em solidariedade ao povo palestino, à medida que Israel mantém seus ataques a Gaza.

As manifestações se somam à pressão internacional contra o genocídio do povo palestino no território costeiro, para pressionar Tel Aviv e apoiadores a cessar as hostilidades.

O ato internacional foi convocado pelas organizações britânicas Campanha de Solidariedade à Palestina (Palestine Solidarity Campaign — PSC), Coligação Pare a Guerra (Stop the War) e Amigos de Al-Aqsa (Friends of Al-Aqsa).

Segundo a PSC: “A comunidade internacional não está agindo efetivamente para que Israel cesse seus ataques e massacres e levante o cerco, para garantir que a assistência humanitária urgente chegue ao povo de Gaza”.

Conforme o comunicado, é preciso intensificar a pressão para “acabar com a ocupação e desmantelar o apartheid”.

Em entrevista ao portal Middle East Eye, Ben Jamal, diretor da PSC, explicou que as manifestações “têm tido uma dimensão histórica”, como “veículo importante” para cessar o genocídio em Gaza.

Chris Nineham, membro fundador da Coligação Pare a Guerra, destacou que, se um cessar-fogo permanente não for negociado até 13 de janeiro, será necessário reforçar os protestos e incentivar toda a sociedade civil a ocupar as ruas.

“É absolutamente crucial, não apenas que as manifestações continuem, mas que sejam fortalecidas, aprofundadas e ampliadas, a fim de maximizar a pressão, não apenas sobre os israelenses, como também sobre os governos de todo o mundo que colaboram com a carnificina”,

comentou Nineham ao Middle East Eye.

As entidades organizadoras foram as responsáveis por liderar os protestos contra a guerra do Iraque, em 15 de fevereiro de 2003, que ocorreram em mais de 600 cidades em todo o mundo.

Atos contra o genocídio em Gaza ocorrem há semanas, com recordes de comparecimento em cidades como Londres, Paris, Nova York e Washington. Os manifestantes — incluindo grupos eloquentes de judeus antissionistas — desafiam o apoio de governos concedido à ocupação israelense, incluindo esforços para difamar e criminalizar ativistas pró-Palestina.

Para as organizações internacionais, no entanto, o dia 13 de janeiro serve de ferramenta fundamental, de caráter popular e cívico, para manter pressão aos respectivos governos e organizações relevantes.

“O movimento de solidariedade mobilizou milhões de pessoas às ruas, para reivindicar um cessar-fogo permanente. Precisamos intensificar a pressão coordenando ações em todo o mundo”, concluiu a PSC.

Em São Paulo, neste sábado, uma caminhada partirá às 14h30 do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, em direção à Praça Roosevelt.

Gaza permanece sob ataques indiscriminados de Israel há mais de três meses, com mais de 23 mil palestinos mortos e quase 60 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

LEIA: O assassinato em massa de palestinos por Israel em Gaza começou há sete décadas

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