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A guerra mais cara de Israel não conquistou nada, afirma imprensa local

Protesto contra a guerra em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv, 6 de janeiro de 2024 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O exército israelense “falhou em conquistar os objetivos da guerra na Faixa de Gaza apesar … de um custo recorde de quase US$60 bilhões”, confirmou neste domingo (7) o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth.

A chamada veio em uma reportagem extensa intitulada “A guerra mais custosa de Israel e seus objetivos não alcançados: três meses depois”.

Declarou a reportagem: “Conforme dados atualizados, o custo da guerra já atingiu cerca de 217 bilhões de shekels (US$59.35 bilhões), incluindo tanto o orçamento militar quanto a assistência econômica a todas as áreas”.

Segundo estimativas, “o custo do dia de combate do exército israelense em outubro, incluindo o recrutamento de cerca de 360 mil reservistas no início da guerra, chegou a um bilhão de shekels (US$270.35 milhões).”

“Devido à desmobilização em massa de dezenas de milhares de soldados recentemente, o custo [do dia de combate] está atualmente em 600 milhões de shekels (US$164.11 milhões)”.

Israel prometeu pagar 300 shekels (US$82) por dia até o fim de 2024 a cada reservista, de modo que “tais pagamentos chegaram sozinhos a cerca de nove bilhões de shekels (US$2.46 bilhões) até então”.

LEIA: Israel anuncia redução de tropas, mas mantém sua política genocida em Gaza

O jornal reiterou os danos à economia, ao reportar cerca de 125 evacuados dos assentamentos na região norte e sul do território designado Israel.

“O custo de apoiá-los chega a muitos bilhões de shekels”, detalhou a matéria. “Hoje, todos que estão em hotéis recebem mensalmente seis mil shekels [US$1.618] para cada adulto e três mil shekels [US$809] para cada criança. Por ora, parece que muitos não poderão voltar a suas casas por meses e meses”.

A reportagem advertiu ainda que o apoio global a Israel míngua a cada dia.

Desde 7 de outubro, Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza, matando 22.835 pessoas e ferindo outras 58.416 — a maioria mulheres e crianças. Dois milhões foram deslocadas à força, em meio à destruição de 60% da infraestrutura em Gaza, além de cerco absoluto imposto pelas forças ocupantes — sem água, comida, luz ou medicamentos.

A catástrofe humanitária em Gaza não tem precedentes, alertaram agências das Nações Unidas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

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