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Profanação israelense de locais religiosos não pode ser tolerada, alerta ONU

Stephane Dujarric, porta-voz da Secretaria-geral das Nações Unidas, em Nova York, novembro de 2023 [Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images]

Locais religiosos devem ser respeitados, reafirmou ontem (14) a Organização das Nações Unidas (ONU), após vídeos de soldados israelenses realizando ritos judaicos em uma mesquita de Jenin, na Cisjordânia ocupada, circularem nas redes sociais.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A profanação de locais religiosos não pode ser tolerada. Isso vai contra a dignidade básica, para dizer o mínimo. Locais de culto devem ser respeitados e não poder ser violados não importa como.

declarou Stephane Dujarric, porta-voz da Secretaria-geral das Nações Unidas, a repórteres.

O vídeo foi compartilhado pelo ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, em provocação aberta aos palestinos nativos.

No registro, soldados recitam uma oração judaica, convertida em declaração nacional, nos alto-falantes da mesquita. Conforme alegações das forças ocupantes, os soldados foram repreendidos; contudo, sem informações públicas sobre a matéria.

LEIA: ‘Gaza está sozinha para defender os locais sagrados islâmicos e cristãos’

Dujarric destacou ainda que o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) reportou chuvas de inverno em Gaza, na quarta-feira (13), de modo que as enchentes agravaram ainda mais as condições já precárias dos refugiados palestinos.

“As chuvas, junto da falta de saneamento básico, causam enorme risco de propagação de doenças”, comentou Dujarric.

Segundo seu informe, ao menos 156 incidentes distintos incorreram sobre instalações da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) em Gaza desde 7 de outubro, quando Israel lançou sua campanha genocida contra o enclave costeiro.

Tensões continuam a escalar na Cisjordânia, em meio a uma dura campanha de repressão israelense que dobrou o número de presos políticos nas cadeias de Israel, como retaliação a um ataque transfronteiriço

do grupo Hamas que capturou colonos e soldados.

Estima-se cerca de 130 cidadãos israelenses ainda retidos na Faixa de Gaza, contra quase oito mil palestinos em custódia de Israel. A maioria dos palestinos detidos não tem julgamento ou sequer acusação – reféns, por definição.

Ao menos 288 palestinos foram mortos na Cisjordânia.

Em Gaza, os índices ultrapassam 18 mil mortos e 50 mil feridos – 70% mulheres e crianças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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