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Chanceler israelense promete manter guerra a Gaza com ou sem apoio internacional

Ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, durante coletiva de imprensa na sede da das Nações Unidas (ONU) em Genebra, em 14 de novembro de 2023 [Pierra Albouy/AFP via Getty ImaOrganização ges]

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, voltou a dizer nesta quarta-feira (13) que consentir com um cessar-fogo em Gaza no presente momento seria um “erro”, ao reiterar que o genocídio contra a população palestina seguirá adiante independente do repúdio internacional.

“Um cessar-fogo no presente momento seria um presente aos terroristas do Hamas [sic] para que voltem a ameaçar nossa população”, alegou Cohen.

Na terça-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu que Israel passa por uma crise de relações públicas devido a seus bombardeios “indiscriminados” a Gaza.

Biden instou o governo em Israel a mudar de postura, ao aceitar a possibilidade de uma “solução de dois Estados”.

LEIA: Israel sofre isolamento diplomático e maiores perdas militares desde outubro

As declarações de Biden confirmam a apreensão do governo democrata em meio a uma contumaz crise interna, às vésperas de um conturbado ano eleitoral. Todavia, não incorreram até então em medidas práticas, dado que Biden insiste no apoio diplomático e financeiro a Israel.

A soldados radicados em Gaza, via rádio militar, o premiê israelense Benjamin Netanyahu ecoou Cohen, ao declarar: “Continuaremos até o fim, até a vitória, até aniquilar o Hamas. Nada vai nos parar”.

Diante de uma eventual escalada com o movimento libanês Hezbollah, Cohen insistiu no suposto respeito às fronteiras, ao ameaçar uma guerra regional.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios a Gaza, deixando quase 20 mortos e 50 mil feridos – 70% mulheres e crianças. Além disso, dispara foguetes ao território do Líbano, a fim de “dissuadir” o Hezbollah – ligado ao Irã – de intervir na guerra.

Dentre os projéteis israelenses, estão bombas proibidas de fósforo branco, fabricadas nos Estados Unidos, que causam queimaduras graves e danos severos ao meio-ambiente.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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