Portuguese / English

Middle East Near You

Netanyahu reconhece divergências com EUA sobre futuro de Gaza

Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, 18 de outubro de 2023 [Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu nesta terça-feira (12) “divergências” entre seu governo e a administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o futuro de Gaza após o fim da guerra.

Netanyahu reiterou que seu governo “não repetirá os erros de Oslo”, de modo a não permitir que um partido palestino assuma a gestão do território costeiro – em franco detrimento da lei internacional e dos direitos à autodeterminação do povo palestino.

Segundo o premiê, Gaza não voltará a ser um “Hamastão ou Fatahistão [sic] após os enormes sacrifícios de nossos cidadãos e combatentes”.

Netanyahu atacou não somente o grupo de resistência Hamas, que administra Gaza, como o partido Fatah, que administra a Cisjordânia ocupada, na forma da Autoridade Palestina (AP), ao acusar suas estruturas cívicas de “ensinar, apoiar e financiar o terrorismo [sic]”.

LEIA: Exército israelense admite posse de armas químicas

Neste sentido, acrescentou: “Sim, há divergências com Washington sobre o pós-Hamas, mas espero que cheguemos a um consenso sobre a questão”.

As declarações de Netanyahu foram divulgadas em vídeo por seu gabinete – isto é, propaganda de guerra. No vídeo, o premiê extremista agradeceu o apoio da Casa Branca “para destruir o Hamas e reaver os reféns israelenses”.

“Após intensas conversas com o presidente Biden e oficiais de sua gestão, garantimos pleno apoio para a invasão por terra e reduzimos a pressão internacional pelo fim da guerra”, alegou Netanyahu, apesar dos protestos globais por um cessar-fogo seguirem semana a semana.

Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, deve visitar Israel nesta quinta-feira (14) para debater “um cronograma para o fim da guerra”. Segundo a Reuters, reafirmou Sullivan: “Não sabemos da possibilidade de uma trégua no momento atual, mas trabalhamos para tanto”.

Sullivan confirmou que o “dia depois” estará na pauta.

Israel mantém uma guerra expansionista contra Gaza há quase 70 dias. São mais de 18 mil mortos e 50 mil feridos entre a população civil do território palestino. Milhares de pessoas continuam desaparecidas sob os escombros – provavelmente mortas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

Categorias
Ásia & AméricasEstados UnidosIsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments