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Secretário de Estado dos EUA promete apoio a Israel ‘até o fim da guerra’

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reúne com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Jerusalém ocupada, em 1° de dezembro de 2023 [Departamento de Estado dos EUA/Agência Anadolu]

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reafirmou em uma conferência realizada em Dubai, na presença de ministros de Relações Exteriores de países árabes, que Washington continuará a apoiar Israel “até o fim da guerra”.

“Permaneceremos focados em levar todos para a casa, reaver os reféns”, declarou Blinken. “Estamos muito concentrados, como sempre estivemos, em garantir que o conflito não se espalhe, que não haja uma escalada em outros lugares”.

Blinken alegou que a pausa humanitária de sete dias em Gaza chegou ao fim “por causa do Hamas”, apesar do grupo de resistência reiterar esforços de sabotagem do regime colonial durante todo o processo de mediação.

Blinken também prometeu “assegurar que civis não sejam mortos”, muito embora as mortes devido aos bombardeios israelenses, com apoio instrumental americano, se aproximarem de 20 mil pessoas — mais da metade, mulheres e crianças.

Segundo o chanceler americano, Israel continuará a “informar” os palestinos sobre “zonas seguras” — promessa que tampouco se sustenta à medida que corredores humanitários e abrigos são bombardeados pelas forças de Israel.

Blinken somou a suas promessas esforços por um Estado palestino.

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Washington sofre pressão interna e diplomática para pressionar o Estado ocupante por um cessar-fogo. O presidente Joe Biden insiste, contudo, em seu “apoio incondicional” a Israel, às vésperas de um conturbado ano eleitoral no qual deve voltar a enfrentar Donald Trump.

Resul Serdar, correspondente da Al Jazeera, explicou que o governo Biden sofre pressão doméstica cada vez maior em Estados cruciais ao processo eleitoral, onde comunidades árabes e muçulmanas podem ser decisivas.

“O único país que pode impor pressão a Israel para acabar com a guerra é os Estados Unidos”, acrescentou Serdar.

Nesta sexta-feira (1°), o exército israelense retomou seus ataques a Gaza, após sete dias de pausa para troca de prisioneiros.

Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação surpresa do grupo Hamas que atravessou a fronteira e capturou colonos e soldados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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