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Política israelense de executar prisioneiros levará a um levante, alerta Hamas

Protesto em solidariedade aos prisioneiros palestinos nas cadeias da ocupação israelense, em 2 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

A política israelense de execução sumária dos presos palestinos nas cadeias da ocupação resultará em um levante na Cisjordânia, reafirmou Zaher Jabareen, chefe do Gabinete de Mártires, Prisioneiros e Feridos do movimento de resistência Hamas.

Seu alerta sucedeu a morte de Arafat Hamdan, de 25 anos, na noite desta terça-feira (24), na penitenciária de Ofer. Menos de 24 horas antes, Omar Daraghmeh, de 58 anos, em detenção administrativa — sem julgamento ou acusação — faleceu no presídio de Megiddo.

Jabareen enfatizou que as violações de Israel contra prisioneiros políticos confirmam crimes deliberados da ocupação.

Em seguida, instou o povo palestino e as famílias dos reféns nas celas israelenses que ergam sua voz na Cisjordânia frente à escalada de colonos e soldados, somando à indignação sobre os massacres perpetrados por Israel na Faixa de Gaza.

O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.

LEIA: A guerra Israel-Palestina continua e as autoridades israelenses direcionam sua raiva contra os prisioneiros palestinos

A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

Ao promover o cerco absoluto aos 2.4 milhões de pessoas em Gaza — sem luz, sem água, sem comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, os descreveu como “animais”.

Ao menos 5.791 pessoas — dentre as quais, mais de duas mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 15 mil feridos. Outros milhares continuam desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.

Israel intensificou suas campanhas de prisão na Cisjordânia desde 7 de outubro.

Mais de seis mil prisioneiros palestinos, incluindo mais de 1.600 em detenção administrativa — isto é, arbitrária e ilegal, segundo a lei internacional — estão encarcerados nas cadeias da ocupação.

Ao menos 239 presos políticos palestinos morreram sob custódia de Israel desde 1967. Autoridades ocupantes retêm os corpos de 11 deles.

LEIA: Segundo prisioneiro palestino morre nas cadeias de Israel dentro de 24 horas

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