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Retomada de confrontos em campo palestino no Líbano deixa dez mortos

Militantes do Fatah entram em confronto com membros da facção rival Bilal Badr no campo de refugiados de Ain al-Hilweh, no Líbano, em 11 de abril de 2017 [Furkan Güldemir/Agência Anadolu]

Dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após serem renovados os confrontos entre grupos rivais no campo de refugiados palestino de Ain al-Hilweh, no sul do Líbano, conforme duas fontes locais.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Ain al-Hilweh é tomado por confrontos faccionários desde o fim de julho, entre membros do Fatah — partido hegemônico da Autoridade Palestina — e militantes ligados a movimentos islâmicos. A primeira rodada de combates deixou mais de uma dúzia de mortos.

A violência retornou no fim de semana após um mês de trégua.

Entre os mortos, estão seis militantes do Fatah, dois combatentes rivais e dois civis. Dentre estes, um faleceu no sábado (9) devido a uma bala perdida, quando o conflito chegou a uma aldeia vizinha, reportou um oficial de segurança.

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Cinco soldados libaneses foram feridos, um em estado grave, após uma bomba atingir duas de suas posições na periferia do campo, neste domingo, de acordo com um comunicado das Forças Armadas.

Ain al-Hilweh é o maior dos 12 campos de refugiados palestinos no Líbano. O país levantino abriga entre 80 mil e 250 mil exilados palestinos, segundo números da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Os campos têm mais de sete décadas de existência e remetem à criação do Estado de Israel em 1948, via limpeza étnica, sobre terras ancestrais palestinas.

A retomada da crise incitou receios de que a violência se espalhe à cidade vizinha de Sídon.

Residentes temem um cenário similar ao campo de Naher al-Bared, no norte libanês, onde o exército travou um massacre de 15 semanas para expulsar grupos islâmicos em 2007.

Um oficial sênior do partido Fatah chega ao Líbano nesta segunda-feira (11).

O gabinete interino de inteligência marcou um encontro emergencial sobre a matéria.

Segundo a UNRWA, grupos armados tomaram oito das escolas das Nações Unidas. Equipes da agência buscam alternativas para receber seus estudantes às vésperas do ano letivo.

LEIA: A incômoda verdade sobre Ain Al-Hilweh, a capital do ‘shatat’ e da agonia palestina

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