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Presidente argelino reivindica proteção a civis no Níger

Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune [Presidência da Argélia/Agência Anadolu]

Em entrevista à televisão concedida no sábado (26), o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, reivindicou proteção à população civil no Níger, onde um golpe militar depôs o presidente Mohamed Bazoum no mês passado.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“A nossos irmãos nigerinos, peço que não firam civis em seus territórios”, insistiu Tebboune. “Peço que não toquem naqueles que vivem no país – sejam nigerinos ou estrangeiros. Peço que protejam as pessoas, não importa a nacionalidade. Não permitam àqueles que querem esmagá-los que intervenham em seus assuntos internos”.

O Níger é tomado por uma grave crise desde 26 de julho, quando o general Abdourahamane Tchiani, ex-comandante da guarda presidencial, comandou um golpe militar.

Bazoum foi eleito em 2021 na primeira transição de poder de caráter democrático do país desde sua independência da França, em 1960.

A Argélia opõe-se veementemente a qualquer ação externa para reaver a ordem no Níger. “Uma intervenção pode fazer com que toda a região do Sahel arda em chamas”, alertou a presidência argelina.

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O ministro de Relações Exteriores da Argélia, Ahmed Attaf, fez uma turnê por Nigéria, Gana e Benin – membros da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Ecowas) – para debater uma solução pacífica à crise no Níger.

Em 10 de agosto, o bloco ordenou a ativação de sua força de reserva caso uma operação no Níger fosse aprovada.

“Argélia e Ecowas trabalham com as mesmas diretrizes, ao coordenar esforços tanto quanto possível em nome de um objetivo comum, isto é, a restauração da ordem constitucional no Níger”, enfatizou Attaf.

Para seu governo, o uso da força “é sempre fonte de complicação, e não solução alguma”.

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