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Israel fere palestinos em protesto dos 54 anos de ataque incendiário a Al-Aqsa

Forças israelenses dispararam munição real contra um protesto na cerca de Gaza, pelos 54 anos do ataque incendiário ao complexo de Al-Aqsa; dezoito palestinos ficaram feridos

22 de agosto de 2023, às 11h27

Ao menos 18 palestinos ficaram feridos na cerca nominal da Faixa de Gaza sitiada, após forças israelenses dispararem gás lacrimogêneo e munição real contra um protesto pelos 54 anos do ataque incendiário à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, perpetrado por um fundamentalista cristão.

Os feridos foram transferidos ao complexo médico de al-Shifa, na Cidade de Gaza.

O fotógrafo Muhammad Qandil foi levado às pressas ao hospital após ser atingido na pélvis por um bomba de gás lacrimogêneo.

LEIA: Relembrando o ataque incendiário contra a Mesquita de Al-Aqsa

Em 21 de agosto de 1969, o cristão australiano Dennis Michael Rohan ateou fogo à Mesquita de Al-Qibli, no complexo de Al-Aqsa. Rohan justificou seu crime como “emissário do Senhor”, cujo intuito seria apressar o Segundo Advento de Cristo por meio da destruição do santuário islâmico para dar lugar ao Templo de Salomão.

Indícios jamais contestados apontam para envolvimento ativo de Israel no planejamento e facilitação do ataque.

Analistas veem a normalização da violência colonial sionista, incluindo esforços para erradicar o patrimônio palestino de sua terra ancestral, como fonte da mentalidade que engendrou o atentado, em 1969, assim como muitos outros desde então.