A Líbia evacuou um grupo de refugiados presos na região de fronteira com a Tunísia, relatou nesta quinta-feira (10) o Ministério do Interior em Trípoli. Seu homólogo tunisiano informou que ambos os países concordaram em receber parte dos imigrantes.
Por duas semanas, refugiados africanos vivem condições humanitárias bastante precárias na fronteira líbio-tunisiana, expulsos de suas casas na província de Sfax, no sul da Tunísia. Suas condições levaram a críticas locais e internacionais de grupos de direitos humanos.
O ministério líbio afirmou em nota não haver mais “migrantes ilegais” na zona de fronteira, após ser implementado o plano resultante da visita do incumbente da pasta, Emad Trabelsi, à Tunísia, na noite desta quarta-feira (9).
Patrulhas dos dois lados da fronteira conduzem tarefas em coordenação, prosseguiu a nota.
Na Tunísia, o Ministério do Interior destacou emitir instruções para transferir os refugiados a abrigos “seguros”.
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Na última semana, um vídeo circulou online de um guarda de fronteira da Líbia dando água a refugiados negros abandonados no deserto por autoridades tunisianas.
Em julho, centenas de cidadãos de países subsaarianos foram expulsos da cidade costeira de Sfax por forças de segurança, abandonados em uma região árida e desolada, sem alimento, água ou abrigo, segundo grupos de direitos humanos.
Em fevereiro, o presidente tunisiano Kais Saied fez um discurso inflamatório sobre os negros no país, o que levou a um surto na xenofobia, incluindo episódios de agressão, linchamento, despejo e demissão em massa.
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