À vista do mundo, o campo de refugiados de Jenin foi submetido a uma extensa ofensiva militar que resultou no martírio de 12 palestinos, incluindo quatro crianças, além de mais de 100 feridos e centenas de famílias forçadas a deixar suas casas.
No entanto, comunidades da América Latina se uniram para denunciar as ações da ocupação israelense no campo de refugiados, destacando a forte solidariedade com a Palestina em muitos países da região.
Em comunicado, a Federação Palestina da América Latina (UPAL) condenou veementemente a agressão da ocupação israelense a Jenin. Dizia: “O ataque israelense visava eliminar a resistência palestina, que se defendeu heroicamente com suas vozes, pedras, vidas e armas feitas à mão diante dos aviões de guerra e artilharia israelenses.” A UPAL pediu às massas palestinas que continuem enfrentando as forças de ocupação e os colonos.
O vice-presidente da UPAL, Jihad Youssef, disse ao MEMO: “Desde o primeiro dia, a federação contatou todas as instituições que operam sob o nome da Federação Palestina para intensificar seus contatos com poderes influentes na América Latina para pressionar governos e parlamentos a agir imediatamente e parar o massacre em Jenin.”
![Palestinos e ativistas brasileiros realizam encontro sobre ações de apoio à Palestina em São Paulo, Brasil, em julho de 2023 [Lina Bakr/Monitor do Oriente Médio]]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2023/07/Screenshot-2023-07-18-at-10.00.26.webp?resize=500%2C333&ssl=1)
Palestinos e ativistas brasileiros realizam encontro sobre ações de apoio à Palestina em São Paulo, Brasil, em julho de 2023 [Lina Bakr/Monitor do Oriente Médio]]
Muitas atividades aconteceram no Brasil e países vizinhos para expressar forte solidariedade a Jenin. Protestos e marchas foram organizados enquanto as pessoas denunciavam os crimes israelenses contra os palestinos e declaravam sua solidariedade com a Palestina e seu povo.
Durante evento em São Paulo, uma comissão estudantil de solidariedade ao povo palestino foi reativada na Universidade de São Paulo após um período de inatividade.
Se a posição dos palestinos em casa é resistir e confrontar diretamente a ocupação, então os palestinos na diáspora têm o dever de levantar a voz e expor os crimes da ocupação. Organizações palestinas e brasileiras se mobilizaram e conclamaram todas as facções de resistência e o povo palestino na pátria e na diáspora a se unirem contra a ocupação e sua bárbara agressão.
Na Palestina, o Embaixador do Brasil, Francisco Mauro Holland, visitou o acampamento de Jenin e se solidarizou com a população local e explicou que sua visita era para expressar a solidariedade da América do Sul com Jenin frente aos desafios que enfrenta, enfatizando que Brasília continuará sua abordagem de apoio ao povo palestino.
![O Embaixador do Brasil e Chefe do Escritório de Representação do Brasil no Estado da Palestina, Francisco Mauro Holland, visita Jenin Camp em julho de 2023 [WAFA]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2023/07/WafaImage-scaled-1.webp?resize=500%2C333&ssl=1)
O Embaixador do Brasil e Chefe do Escritório de Representação do Brasil no Estado da Palestina, Francisco Mauro Holland, visita Jenin Camp em julho de 2023 [WAFA]
LEIA: Jenin e o Brasil – por onde vai a solidariedade?
As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.