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ONU condena violência de Israel em Jenin, na Cisjordânia ocupada

Paramédicos tentam resgatar refugiados palestinos de Jenin em meio aos ataques militares de Israel, na Cisjordânia ocupada, em 4 de julho de 2023 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou nesta sexta-feira (7) os ataques israelenses ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, entre segunda e terça-feira.

“As operações por terra e os ataques aéreos contra um campo de refugiados superpovoado são a mais grave violência a incidir sobre a Cisjordânia em muitos e muitos anos”, comentou Guterres a jornalistas em Nova York.

“O uso de ataques aéreos é inconsistente com a conduta de aplicação da lei”, alertou. “Israel é a potência ocupante e tem toda responsabilidade de assegurar que a população civil esteja protegida de todos os atos de violência”.

O chefe da ONU pediu a Israel que “cumpra suas obrigações sob a lei internacional”, exerça comedimento e abrevie suas ações ao “uso proporcional da força”.

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Guterres afirmou compreender as “preocupações legítimas [de Israel] sobre sua segurança”. Não obstante, advertiu: “A escalada não é a resposta, simplesmente alimenta a radicalização e leva ao aprofundamento dos ciclos de violência e derramamento de sangue”.

Ao menos 12 palestinos foram mortos, incluindo quatro menores, durante a ofensiva; outros 120 ficaram feridos, confirmou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP). Cerca de 80% das casas no campo de refugiados foram danificadas pelo massacre.

Trata-se da maior ofensiva israelense na Cisjordânia em 20 anos.

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