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Frente Democrática condena silêncio da AP sobre violência na Cisjordânia

Casa incendiada por colonos em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 21 de junho de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP) condenou nesta sexta-feira (23) o silêncio da Autoridade Palestina (AP) sobre a escalada de violência colonial perpetrada por forças israelenses na Cisjordânia ocupada.

“Nosso povo começa a questionar quando a liderança política da Autoridade assumirá suas obrigações éticas e nacionais”, reafirmou a Frente Democrática em nota. “Quando a AP sairá em defesa dos palestinos e sua dignidade nacional contra os ataques brutais de colonos, que se tornaram um fenômeno diário com pleno apoio das forças da ocupação?”

Segundo o comunicado, os eventos nas comunidades palestinas de Turmus Ayya, Huwwar, Orif, Saanjal, entre outras, “indicam uma nova política da ocupação em curso”.

Para a Frente Democrática, essa política “se baseia em deixar os colonos livres para atearem fogo a casas, carros e propriedades e implantar o medo, para repetir os feitos de 1948” – na ocasião da Nakba ou “catástrofe”, quando milícias sionistas realizaram chacinas na Palestina, conforme planos de limpeza étnica, para abrir caminho à expropriação de terras e à criação do Estado de Israel.

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“Os palestinos têm ciência disso e o cenário de 1948 jamais se repetirá”, reiterou a nota. “No entanto, isso não isenta a Autoridade de seu dever em defendê-los”.

Conforme o comunicado, a liderança política em Ramallah não vem trabalhando o bastante para pressionar o atual governo dos Estados Unidos a dar fim aos ataques coloniais de Israel. “Trata-se de um joguete ridículo”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, contudo, reafirmou que a posição de Washington não é neutra, mas sim favorável à ocupação. “Isso fica claro quando a Casa Branca condena atos de autodefesa dos palestinos enquanto expressa mera preocupação sobre a violência e os crimes de Israel”.

Ao concluir a nota, a Frente Democrática instou a Autoridade a adotar meios de resistência popular, incluindo resistência armada, contra a ocupação colonial, além de emitir decisões estratégicas pela libertação do povo palestino.

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