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Chefe de direitos humanos da ONU critica Tunísia por restrições à imprensa

Volker Turk, alto comissário da ONU para Direitos Humanos [Jean-Marc Ferré/Flickr]

Nesta sexta-feira (23), Volker Turk, alto comissário da ONU para Direitos Humanos, reiterou apelos para que o governo tunisiano suspenda medidas contra a liberdade de imprensa, ao acusar o presidente Kais Saied de “criminalizar” o jornalismo independente desde julho de 2021, quando fechou o congresso e passou a governar por decreto.

As informações são da agência de notícias Reuters.

A liberdade de imprensa representou uma conquista fundamental para os tunisianos após a revolução de 2011 destituir a ditadura de Zine El Abidine Ben Ali, no contexto da Primavera Árabe. Ativistas, no entanto, alertam para os riscos do regime de Saied.

“A repressão contra juízes, políticos, sindicalistas, empresários e agentes da sociedade civil se espalhou a jornalistas independentes, sob perseguição crescente, impedidos de exercer seu trabalho”, declarou Turk em comunicado. “Peço à Tunísia que mude o curso”.

ASSISTA: Tunísia censura livro que compara presidente a Frankenstein 

Dezenas de repórteres e ativistas saíram em protesto no último mês contra as medidas de Saied. Segundo Turk, desde julho de 2021, seu escritório na Tunísia registrou ao menos 21 casos de violações de direitos humanos contra profissionais de imprensa.

O Sindicato Nacional dos Jornalistas corroborou as denúncias, ao reiterar que jornalistas e blogueiros enfrentam julgamento devido a críticas legítimas às autoridades. A entidade da categoria observou que a televisão estatal se tornou canal de propaganda para o governo, ao silenciar oponentes.

Saied insiste em negar as acusações.

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