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Dubai abre parque com crocodilos do Nilo

O Dubai Crocodile Park reúne 250 animais em ambiente que busca se aproximar ao máximo ao habitat natural da espécie. Local também mostra história do crocodilo e se propõe a conscientizar sobre sua conservação.

Os crocodilos do Nilo têm origem no continente africano. Apesar do nome, a espécie pode ser encontrada em grande parte da África Subsaariana. Eles são a segunda maior espécie de répteis do mundo. Em média, chegam a cinco metros de comprimento e pesam 225 quilos, mas podem atingir dimensões ainda maiores.

Caçador exímio, o crocodilo do Nilo tem a mordida mais forte do reino animal: 1.600 quilos por centímetro quadrado, cinco vezes mais intensa do que a mordida do grande tubarão branco.

Cheios de superlativos, os crocodilos do Nilo ganharam um parque exclusivo em Dubai, que reúne 250 deles, de filhotes a adultos, em uma área equivalente a quase três campos de futebol. O local fica a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade e começou a receber visitantes em abril.

“O objetivo do parque é ampliar o conhecimento e a educação do público”, afirma Tarryn Clare, curadora do Dubai Crocodile Park. Clare destaca a relevância de educar os visitantes sobre a importância da conservação e proteção dos crocodilos do Nilo. A sul-africana conta ainda que os fundadores do parque, que admiram a espécie, perceberam que o público em geral é fascinado por eles, mas por uma perspectiva de medo. “Gostaríamos de ser capazes de mudar esse medo para um fascínio geral”, completa.

O complexo foi especialmente projetado pensando no conforto dos crocodilos do Nilo e recria o habitat natural de um dos maiores predadores da África em Dubai. “É muito importante ter ou imitar o habitat o mais natural possível. Houve muita consideração em como o parque foi construído”, revela a sul-africana. A água, por exemplo, é climatizada o ano inteiro – o que é importante levando em consideração as altas temperaturas do verão dos Emirados Árabes Unidos.

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O trabalho de recriar o habitat natural tem dado resultados. Para Tarryn, o fato de os crocodilos do Nilo se reproduzirem no parque é um indicativo de que eles se sentem bem no local. “As mães são extremamente protetoras. Se elas se sentem confortáveis o suficiente para participar desse comportamento natural, isso nos mostra que estamos fazendo algo certo”, defende Clare.

Para apoiar o lado educativo, o parque oferece também um museu de história natural, que traz curiosidades e conta a trajetória de milhões de anos dos crocodilianos que sobreviveram até à grande extinção que dizimou os dinossauros. A sobrevivência foi possível devido à morfologia e características únicas – que ainda podem ser encontradas nas espécies de hoje.

Além do museu, o aquário do parque oferece aos visitantes a oportunidade de ver os crocodilos do Nilo debaixo d’água. Trata-se de mais uma perspectiva para observar esses animais que estão no centro de interações essenciais para o equilíbrio do ecossistema africano – e que conquistaram o continente a partir do famoso rio.

Publicado originalmente em Anba

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