Nesta segunda-feira (10), soldados israelenses feriram cidadãos palestinos durante uma marcha de milhares de colonos rumo a um posto avançado ilegal em um assentamento evacuado perto de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada.
Segundo a Sociedade Crescente Vermelho da Palestina (SCVP), ao menos 121 palestinos ficaram feridos, incluindo dois com ferimentos causados por balas de borracha; quatro ficaram feridos ao serem perseguidos por soldados; e 115 sofreram asfixia por gás lacrimogêneo. Uma pessoa foi transferida para uma clínica local para tratamento.
Cerca de 2.200 colonos, liderados por 20 deputados e sete ministros, incluindo Bezalel Smotrich (Finanças) e Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), marcharam até o assentamento de Eviatar, construído em terras palestinas de Jabal Sabih, na cidade de Beita, ao sul de Nablus.
Fontes reportaram confrontos. O exército israelense alocou um batalhão inteiro para garantir a marcha e impôs um cordão de isolamento em toda a área.
A marcha partiu de um checkpoint militar estabelecido perto da aldeia de Za’tara, na região de Nablus. Os colonos querem que o governo do premiê Benjamin Netanyahu regularize o posto avançado – ilegal sob a lei israelense e internacional. Todos os assentamentos são ilegais sob o direito internacional, assim como a prática de assentar pessoas em terras ocupadas.
O posto de Eviatar foi estabelecido em 2013. O exército israelense se opôs ao projeto e evacuou os colonos. No entanto, permitiu que retornassem em várias ocasiões por períodos curtos.
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