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Netanyahu demite ministro da Defesa por críticas à reforma judicial

Yoav Gallant foi exonerado após pedir ao primeiro-ministro israelense que suspendesse a tramitação das reformas judiciais

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu demitiu seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, neste domingo (26), após Gallant criticar a proposta de reforma judicial do governo.

A exoneração foi corroborada pelo gabinete de Netanyahu.

Segundo o jornal Times of Israel, fontes próximas a Netanyahu disseram que ele decidiu demitir Gallant devido a sua “fraca resposta contra as recusas do exército”. No Twitter, insistiu o premiê: “Devemos permanecer fortes e unidos contra as recusas”.

O jornal em hebraico Maariv reportou que Netanyahu tem agora 48 horas para indicar um novo ministro da Defesa.

O ministro da Agricultura, Avi Dichter, deve substituir Gallant, que continua membro do Knesset (parlamento).

O premiê afirmou perder a confiança em Gallant após ele “agir pelas costas do governo”, em referência ao pedido do agora ex-ministro para suspender as reformas.

A demissão de Gallant alimentou novos protestos em todo o país. Cerca de 600 mil israelenses saíram às ruas e bloquearam rodovias.

Após a exoneração do cargo, compartilhou Gallant no Twitter: “A segurança do Estado de Israel sempre foi e sempre será a missão da minha vida”.

Netanyahu enfrenta semanas de protestos em massa após sua coalizão religiosa-nacionalista propor mudanças na justiça, que dariam ao governo influência na escolha de juízes e limitariam o poder da Suprema Corte em revogar leis.

A proposta causou alarde dentro e fora do país.

LEIA: Israelenses nas ruas e a sombra do apartheid no espelho

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