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Israelenses mantêm protestos contra o governo em ‘dia de resistência’

Protesto toma as ruas de Israel contra o governo de Benjamin Netanyahu [Amir Terkel/Agência Anadolu]
Protesto toma as ruas de Israel contra o governo de Benjamin Netanyahu [Amir Terkel/Agência Anadolu]

Milhares de pessoas devem se juntar às manifestações contra o governo do premiê Benjamin Netanyahu em todo o território designado Israel, nesta quinta-feira (16). Os protestos opõem-se aos planos do governo de impor mudanças radicais na estrutura da autoridade judicial do país.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

As manifestações de quinta-feira foram convocadas sob a bandeira de “escalada de resistência”. O principal ato deve tomar o centro de Tel Aviv.

As manifestações se mantêm mesmo após um acordo entre o líder da oposição israelense, Yair Lapid, e o presidente israelense, Isaac Herzog, com o objetivo de resolver a crise em curso. O governo israelense rejeitou a proposta.

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Na quarta-feira (15), Herzog apresentou um novo plano de reforma do judiciário, após o texto original polarizar a sociedade israelense.

Netanyahu anunciou sua rejeição ao plano de Herzog, ao insistir no Twitter: “Qualquer tentativa de diálogo e entendimento é certamente apropriada … no entanto, infelizmente, as emendas apresentadas pelo presidente não foram aceitas pelos representantes da coalizão”.

Durante discurso na quarta-feira, Herzog alertou para o eventual estopim de uma guerra civil em Israel diante da forte divisão na sociedade, agravada pelas medidas de Netanyahu. O premiê é réu por corrupção; seu plano de reforma é acusado de enfraquecer a autonomia da justiça.

Nos últimos dois meses, milhares de israelenses foram às ruas para protestar contra a reforma.

Introduzida pelo ministro da Justiça Yariv Levin, a reforma, caso aprovada, seria a mudança mais radical já realizada no sistema de governo de Israel.

A mudança pode limitar severamente o poder do Supremo Tribunal de Justiça, dar ao governo o poder de escolher juízes e acabar com a nomeação de assessores jurídicos para ministérios pelo procurador-geral.

Netanyahu alega, não obstante, que seu plano de mudanças estruturais favorece a democracia e pode restaurar o equilíbrio entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.

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