![Combatentes do movimento libanês Hezbollah [Anwar Amro/AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2023/03/Hezbollah.webp?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
O movimento libanês Hezbollah apoiará o político cristão Suleiman Frangieh para a presidência do país, afirmou o líder do grupo, Hassan Nasrallah, nesta segunda-feira (6). Trata-se de um importante apoio; contudo, que não garante sua eleição.
As informações são da agência de notícias Reuters.
O Líbano não tem chefe de estado desde o término do mandato do ex-presidente Michel Aoun no final de outubro, aprofundando a paralisia institucional em um país onde uma das piores crises econômicas do mundo se agrava há anos.
“O candidato natural que apoiamos nas eleições presidenciais é o ex-ministro Suleiman Frangieh”, declarou Nasrallah.
Frangieh, de 56 anos, é herdeiro de uma antiga dinastia política cristã libanesa e amigo do presidente sírio Bashar al-Assad. Seu avô, do mesmo nome, foi presidente de 1970 a 1976, quando deixou o cargo em meio à guerra civil do Líbano (1975-1990).
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Frangieh tem apoio do movimento Amal, do presidente da Câmara dos Deputados, Nabih Berri. No entanto, ainda não tem os 65 votos necessários para ser eleito.
Aliado do Hezbollah, Frangieh parecia próximo da presidência em 2016. Não obstante, o grupo xiita converteu seu apoio a Aoun – outro de seus aliados cristãos. O bloco de Aoun possui hoje 20 deputados e insiste em se opor à eleição de Frangieh.A candidatura de Frangieh também é rechaçada pelo partido Forças Libanesas, liderado pelo político cristão Samir Geagea.
Os pais e a irmã de Frangieh foram mortos por tropas paramilitares das Forças Libanesas em 1978, durante um ataque à sua casa, no norte do país.
Frangieh responsabilizou Geagea – comandante das Forças Libanesas na época – pelo ataque. Geagea negou qualquer participação, ao afirmar que foi ferido antes de chegar ao local.
Em 2018, o patriarca maronita mediou a reconciliação entre as partes.
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