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Mundo tem 2 bilhões de pessoas vivendo em lugares afetados por conflitos

Reunião do Conselho de Segurança da ONU [ katz / Shutterstock]

O Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu esta quinta-feira o tema “Investimento em pessoas para aumentar a resiliência contra desafios complexos”.

A vice-secretária-geral Amina Mohammed pediu prioridade para os esforços rumo ao alcance da paz baseados num entendimento compartilhado desta questão que considera ameaçada, além das vias para alcançá-la.

Um quarto da humanidade

Mohammed contou que seis, em cada sete pessoas, estão preocupadas por causa do sentimento de insegurança. Essa realidade ocorre em meio ao maior número de conflitos violentos desde a Segunda Guerra Mundial. Dois bilhões de pessoas, ou um quarto da humanidade, vivem em lugares afetados.

A pandemia agravou as projeções que já indicavam que, até 2030, mais de 80% dos extremamente pobres viveriam em países frágeis e afetados por conflitos. O fato ilustra que conflito e pobreza estão profundamente interligados, disse a vice-secretária-geral.

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Ela pediu ainda que os países invistam ainda mais na inclusão, promovendo mais mulheres em processos decisão. Ela quer que o Conselho de Segurança tenha maior interação com a Comissão de Consolidação da Paz.

Por último, Mohammed advogou por maior colaboração e investimentos adequados na construção da paz. Para ela, o desenvolvimento sustentável inclusivo é o único caminho para uma paz duradoura, que resista às crises atuais.

Fragilidade e necessidade

A vice-líder da ONU disse que o modelo é crucial e “que pode romper os ciclos de instabilidade para abordar os motores subjacentes da fragilidade e da necessidade humanitária”.

Nos últimos anos, os investimentos globais “ficaram muito aquém” do desejado e que o progresso está muito distante do cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Novas experiências como o contexto de Timor-Leste em 2022, ao lado do Sudão do Sul e da Ásia Central, foram mencionadas pelo presidente da Comissão de Consolidação da Paz.

Segurança alimentar, pandemias e alteração do clima

Muhammad Abdul Muhith pediu mais investimentos no reforço das instituições para melhorarem serviços às populações nesses quadros.

No encontro, os representantes dos 15 Estados-membros do Conselho refletiram sobre os efeitos de novos desafios internacionais, ameaças e fatores que multiplicam o risco de conflito como segurança alimentar, pandemias e mudanças do clima.

O evento destacou ainda a importância das instituições para a construção da paz e a eficácia em apoiar nações que enfrentem tais desafios.

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Publicado originalmente em ONU News

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