Forças israelenses deram início neste domingo (15) à demolição de um lote de cinco mil metros quadrados pertencente à Igreja Ortodoxa Grega no distrito de Silwan, em Jerusalém ocupada, reportou o Centro de Informações Wadi Hilweh.
Os tratores foram escoltados por policiais e soldados armados.
Conforme os relatos, a Autoridade de Parques e Reservas Naturais de Israel, junto de entidades coloniais, instruiu os tratores a arrancar árvores frutíferas e aplainar a terra. Colonos ilegais, sob reforço policial, tomaram a área em 22 de dezembro do ano passado; então, cercaram o lote e instalaram câmeras de vigilância.
Residentes que tentaram resistir à expropriação ilegal das terras foram agredidos.
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As terras pertencem ao Monastério Ortodoxo Grego de Silwan, filiado ao patriarcado cristão.
O bairro de Silwan abriga 60 mil palestinos, situado estrategicamente ao sul da Mesquita de Al-Aqsa. A área é alvo da expansão colonial de Israel há anos; centenas de famílias vivem sob risco de expulsão, por processos legais ou despejos ordenados pela prefeitura sionista de Jerusalém.
Segundo a rede Middle East Eye, a Igreja Ortodoxa Grega é criticada por grupos palestinos por sua leniência com entes coloniais e denúncias de fraude e propina. Em 1951, terras da igreja em Jerusalém foram concedidas ao Fundo Nacional Judaico pelo período de 99 anos. Hoje, as terras abrigam boa parte das instituições do estado sionista, incluindo seu parlamento (Knesset).
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