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Rússia manifesta ‘profunda preocupação’ com ocupação de terras cristãs em Jerusalém por colonos

A Rússia disse ontem que está “profundamente preocupada” com a decisão de um tribunal israelense que permite que grupos de colonos judeus comprem propriedades cristãs em Jerusalém.

No início deste mês, a Suprema Corte de Israel decidiu a favor do grupo de colonos Ateret Cohanim, que toma as terras palestinas de muçulmanos e cristãos em Jerusalém ocupada e as entrega a israelenses na tentativa de mudar a identidade da cidade.

Ateret Cohanim comprou três prédios da igreja em um acordo controverso fechado em segredo em 2004, mas a igreja então apresentou uma petição contra a venda, enfatizando que as propriedades foram adquiridas ilegalmente e sem sua permissão.

“Estamos profundamente preocupados com a situação em relação à presença cristã em Jerusalém”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.

“Tal decisão é previsivelmente prejudicial à paz inter-religiosa e levanta preocupações legítimas sobre a posição da comunidade cristã na Terra Santa”, acrescentou.

Antes de Moscou, o Escritório do Representante da União Européia na Cisjordânia e na Faixa de Gaza disse que a tomada por colonos israelenses de propriedades cristãs em Jerusalém põe em risco a herança e as tradições da comunidade cristã.

“As tentativas de colonos de tomar propriedades cristãs na Cidade Velha de Jerusalém devem ser interrompidas, pois comprometem a herança e as tradições da comunidade cristã”, disse um comunicado, acrescentando.

“Eles representam uma ameaça à coexistência pacífica de todas as três religiões monoteístas em Jerusalém, bem como ao equilíbrio religioso estabelecido”.

A Igreja Ortodoxa Grega é a maior e mais rica igreja da Palestina, comandando enormes propriedades imobiliárias que datam de centenas de anos.

LEIA: Novas medidas são necessárias para que Israel cumpra a lei internacional, diz a comissão da ONU para a Palestina

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