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Israel prendeu 410 palestinos por postagens online em 2022, alerta relatório

Aplicativos das redes sociais TikTok, Twitter, Instagram, YouTube, Facebook, Pinterest, Snapchat, LinkedIn e Twitch na tela de um smartphone, em 30 de setembro de 2021 [Ali Balikçi/Agência Anadolu]

Autoridades da ocupação israelense prenderam 410 palestinos – incluindo mulheres, menores, jornalistas, ativistas e líderes comunitários – por expressar suas opiniões nas redes sociais, em 2022, detalhou um relatório do Centro Palestina para Estudos dos Prisioneiros (PCPS).

O texto tem coautoria da Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Autoridade Palestina, da Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, da associação Addameer e do Centro Wadi Hilweh.

O relatório destacou o uso de uma nova “unidade de vigilância” pelo estado colonial israelense, a fim de monitorar contas nas redes sociais e emitir recomendações a autoridades para prender seus usuários, sob pretexto de “incitação à violência”.

Riyad al-Ashqar, diretor do PCPS, reiterou que as cortes sionistas encarceram indivíduos apenas por expressarem sua opinião nas redes sociais, caso postem fotos dos mártires ou mencionem seus nomes ou meramente por organizar uma visita à Mesquita de Al-Aqsa.

Palestinos são submetidos a meses e mesmo anos de prisão – muitos sob o infame mecanismo de “detenção administrativa”, sem julgamento ou acusação, por períodos indeterminados.

Autoridades israelenses coagem os prisioneiros a assinar compromissos para abdicar do uso das redes sociais por meses a fio. Além disso, impõe duras multas e prisão domiciliar.

Al-Ashqar destacou aumento no número de palestinos presos por atividades online nos últimos anos: de 145 em 2018, 184 em 2019, 220 em 2020 e 390 em 2021 a 410 em 2022.

LEIA: Israel prendeu sete mil palestinos em 2022, confirma ong

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