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Ministro da Defesa de Israel ordenou explosões de 1954 que atingiram alvos dos EUA e do Reino Unido no Egito

Uma bomba israelense explode nas posições militares egípcias no lado oeste do Canal de Suez, em 13 de fevereiro de 1970, durante a chamada "Guerra de Atrito" entre Israel e Egito. [AFP via Getty Images]
Uma bomba israelense explode nas posições militares egípcias no lado oeste do Canal de Suez, em 13 de fevereiro de 1970, durante a chamada "Guerra de Atrito" entre Israel e Egito. [AFP via Getty Images]

Um documento revelou que o falecido coronel Binyamin Gibli, chefe da Inteligência Militar de Israel entre junho de 1950 e março de 1955, recebeu ordens diretas do então ministro da Defesa Pinhas Lavon para bombardear alvos dos EUA e do Reino Unido no Egito em 1954, informou o Arab48 na sexta-feira.

Conhecida como Operação Susannah, Gibli ordenou que nove agentes secretos egípcios-judeus, membros da Unidade 131, bombardeassem alvos no Reino Unido e nos Estados Unidos.

O bombardeio teve como objetivo virar os EUA e o Reino Unido contra o então líder revolucionário egípcio Gamal Abdul Nasser e pressionar o Reino Unido a reverter sua decisão de se retirar do Canal de Suez, que foi nacionalizado por Abdul Nasser.

Gibli escreveu em sua biografia, que havia sido banida, que Lavon o deserdou depois que a operação foi descoberta.

Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, ele acusou Lavon de “jogá-lo aos cães e transformá-lo em bode expiatório”.

A operação falhou quando as forças de segurança egípcias descobriram a unidade e prenderam seus membros. Um deles suicidou-se na prisão, dois foram executados e outros passaram longos períodos presos.

As autoridades israelenses realizaram várias investigações sobre o assunto, conhecido como Caso Lavon, que levaram a conclusões contraditórias, renúncias e divisões políticas. O caso nunca foi encerrado.

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