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Prefeituras de Israel repudiam nome de ultradireita para Ministério da Educação

Itamar Ben-Gvir, líder do Partido Otzma Yehudit (Poder Judeu) e membro de extrema-direita do Knesset (parlamento), visita o mercado Mahane Yehuda Market como parte de sua campanha eleitoral, em Jerusalém ocupada, 28 de outubro de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Itamar Ben-Gvir, líder do Partido Otzma Yehudit (Poder Judeu) e membro de extrema-direita do Knesset (parlamento), visita o mercado Mahane Yehuda Market como parte de sua campanha eleitoral, em Jerusalém ocupada, 28 de outubro de 2022 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Prefeitos de 50 cidades no território considerado Israel protestaram contra a nomeação de um parlamentar de extrema-direita para o Ministério da Educação. Segundo o jornal israelense The Jerusalem Post, as prefeituras “rebeldes” pretendem rescindir de financiamento federal, caso o programa de assistência seja incumbido a Avi Maoz, do partido Noam.

Profissionais de ensino, pais e estudantes gays, em particular, temem que medidas de combate à discriminação sejam prejudicadas pela mudança, alimentando a homofobia em Israel.

O chefe do partido Noam costuma manifestar posições radicais contra os direitos das mulheres e dos homossexuais. Recentemente, Maoz disse que a unidade consultiva sobre a condição das mulheres no exército israelense deveria ser abolida.

“Não se trata de um evento menor”, observou Shirley Rimon Bracha, chefe da gestão de ensino da prefeitura de Tel Aviv. “Suponho que todos tememos uma intervenção política unilateral, de caráter extremo, em relação ao conteúdo que entra nas escolas”.

O 14º Fórum de Mulheres Líderes na Administração Civil enviou uma carta ao primeiro-ministro eleito Benjamin Netanyahu para expressar “profunda preocupação sobre a decisão de remover a unidade de programas assistenciais do Ministério da Educação e transferi-la ao Noam”.

“De fato, a decisão de retirar do ministério uma divisão incumbida com o ensino infantil sob um acordo político já cria grande desconforto, no que vale dizer que a educação de nossas crianças está em jogo”, acrescentou.

O sistema de ensino deve ser livre de interesses políticos e expressar a diversidade de vozes na sociedade, alertaram os signatários. “Não pode ser dividido como um quebra-cabeça, em nome das ‘necessidades da coalizão’”.

LEIA: AP quer que mundo lide com Israel como ‘regime de apartheid’

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