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Israel rejeita programa cultural da Europa por excluir assentamentos

Aldeia de Majdal Shams nas colinas ocupadas de Golã, em 28 de dezembro de 2021 [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

Israel rejeitou um acordo cultural com a União Europeia que exclui artistas dos assentamentos ilegais construídos nas terras ocupadas da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e colinas de Golã.

O bloco regional fornece milhões de dólares por meio do programa “Europa Criativa” a projetos e instituições globais.

Segundo a imprensa israelense, o acordo foi submetido ao governo sionista na última semana; contudo, indeferido apesar de ser aprovado previamente.

O site de notícias Wallah reportou na segunda-feira (3) que Haim Regev, embaixador da União Europeia em Israel, emitiu uma mensagem confidencial a Tel Aviv, para alertar o gabinete sobre eventual prejuízo ao estado ocupante caso o acordo fosse negado.

O orçamento total do programa europeu chega a €2 bilhões (equivalente em dólares), segundo o jornal The Jerusalem Post. Israel planejava contribuir com 33 milhões de shekels (ou US$9.56 milhões), sob retorno ainda maior ao Ministério da Cultura e dos Esportes.

Em 2017, o programa “Europa Criativa” foi levado ao gabinete israelense mediante votação; não obstante, o então Ministro da Cultura Miri Regev obstruiu a colaboração devido à exclusão dos assentamentos ilegais.

“Israel pagará 33 milhões de shekels para excluir israelenses”, declarou Regev. “O acordo ficou sobre a mesa por anos, mas me recusei a assiná-lo … É uma vergonha!”.

LEIA: Países europeus pedem que Israel pare de planos para mais assentamentos ilegais na Cisjordânia

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