O Centro de Retorno Palestino (PRC) – organização não-governamental radicada em Londres – responsabilizou o cerco militar israelense imposto à Faixa de Gaza desde 2007 por deteriorar o desenvolvimento do território costeiro.
Em vídeo transmitido ao chamado Debate Geral do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o PRC expressou profunda apreensão sobre o bloqueio asfixiante contra a Faixa de Gaza e lamentou as condições econômicas críticas de seus 2.1 milhões de habitantes.
“As Nações Unidas e outros agentes humanitários passaram 15 anos enviado apoio humanitário vital aos mais de dois milhões de palestinos sob embargo em Gaza”, reafirmou o PRC. “Durante esses 15 anos, a comunidade internacional gastou cerca de US$5.7 bilhões em Gaza apenas para ajudar sua população a sobreviver em condições impossíveis”.
Pescador palestino ergue uma bandeira nacional durante protesto contra o bloqueio israelense a Gaza, no porto da Cidade de Gaza, em 11 de julho de 2021 [Said Khatib/AFP via Getty Images]
“Gaza tem potencial de florescer por meio de seu próprio desenvolvimento; contudo, o cerco a impede de fazê-lo”, acrescentou a organização, ao destacar que Israel proíbe a importação de materiais de construção civil e restringe o uso de 3G e 4G, entre outras medidas restritivas.
O PRC citou Shane Stevenson, diretor nacional da organização Oxfam, que disse recentemente: “A maior parte das restrições israelenses [contra Gaza] tem razão política e não de segurança”. Stevenson reiterou que famílias palestinas em Gaza sofrem punição coletiva e ilegal.
O PRC observou que os direitos a desenvolvimento e autodeterminação representam direito inalienável das comunidades humanas.
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